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Guantánamo – Por Emanuel Medeiros Vieira

GUANTÁNAMO

            EMANUEL MEDEIROS VIEIRA

Guantánamo não é um retrato na parede

Guantánamo fede

Guantánamo não acaba

E ninguém mais se lembra de Guantánamo

As pessoas foram torturadas, morrem esquecidas.

Os “outros” são sempre os perversos.

E Guantánamo sobrevive.

Sim, não é um retrato na parede.

A “América profunda” não quer que a prisão acabe.

As pessoas mofam e morrem sem julgamento ou processo.

Não, não falo em impunidade – falo em justiça

E justiça não é vingança.

Mas Guantánamo não morre

Mas cheira mal, mesmo no esquecimento

Guantánamo  é “aqui” também:

Na indiferença, no “não tenho nada a ver com isso”.

E Guantánamo vive,

 E só me restam palavras, lugares-comuns

(e a contemplação do mar)

 Ah, Guantánamo

(Salvador, setembro de 2014)

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